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REMÉDIOS GRATUITOS – Como consegui-los no SUS

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Para receber os remédios, o paciente precisa, primeiramente, ser atendido por algum médico credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O fornecimento do medicamento só ocorre mediante cadastro do usuário na Secretaria de Saúde do Estado, na prefeitura ou algum posto de saúde, dependendo da organização do Estado. Em todos os casos, o paciente deve fazer um cadastro para receber o Cartão Nacional de Saúde.

Para retirar os remédios básicos, são necessários:

– Receita médica emitida pelos serviços públicos de saúde

– Que o medicamento esteja na lista do Rename

– Que a receita tenha o nome do princípio ativo/denominação genérica e não o nome comercial do remédio

Para retirar os remédios excepcionais, são necessários:

Até pela complexidade e pelo preço dos medicamentos excepcionais, as regras para retirá-los são um pouco mais rígidas. Para fazer o pedido é preciso:

– Original e cópia do CPF

– Documento de identidade (original e fotocópia). Se o paciente for menor de 18 anos, anexar a cópia da Certidão de Nascimento.

– Comprovante de residência (original e fotocópia).

– Receita médica, com identificação do paciente em duas vias, legível e com nome do princípio ativo e dosagem prescrita

– Laudo para Solicitação/Autorização de Medicamentos de Dispensação Excepcional emitida em 4 (quatro) vias, desde que a assinatura e carimbo do médico que o atendeu, sejam originais em todas as vias.

– Laudo clínico resumido emitido pelo médico informando se foram tentados outros esquemas terapêuticos, especificando-os em caso positivo.

– Caso o paciente não possa comparecer pessoalmente, ele pode autorizar outra pessoa a retirar o remédio solicitado, sem necessidade de registro em cartório.

– Respeitar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas definidos pelo MS (que determinam, por exemplo, o tipo de doença e os exames exigidos para elaborar o diagnóstico, os esquemas terapêuticos e o acompanhamento e monitoramento da doença)

– Que o medicamento faça parte do Programa de Medicamentos Excepcionais

Mas o paciente não precisa se preocupar. Assim que passar pela consulta, o próprio médico vai orientá-lo sobre o procedimento correto. Com tudo aprovado, em 30 dias a pessoa passa a receber o medicamento. E a melhor maneira de obter mais informações, ou tirar dúvidas, é procurar o serviço onde o paciente é assistido, os postos de saúde ou a Secretaria Municipal de Saúde da cidade onde mora.

A documentação necessária para ter acesso ao medicamento é definida pelo MS, mas a logística de distribuição pode mudar de um Estado para outro, ou mesmo de um município para outro. No Estado de São Paulo, por exemplo, que mantém o Programa Dose Certa, os medicamentos podem ser retirados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Farmácias Dose Certa, localizadas em estações de metrô, de trens urbanos e de ônibus, além de hospitais e ambulatórios do SUS.

Como comprar remédios mais baratos no programa Farmácia Popular

Outro programa de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde é a Farmácia Popular do Brasil. O objetivo é atingir uma parcela da população que, mesmo não buscando assistência no SUS, tem dificuldade em manter um tratamento médico pelo alto custo dos medicamentos.

Além das unidades da rede própria das Farmácias Populares, outras 1,2 mil farmácias e drogarias privadas no país oferecem remédios com até 90% de desconto. Para conseguir comprar os remédios mais baratos, a pessoa deve apresentar a receita médica – com uma receita é possível comprar o remédio por seis meses – e um documento de identificação.

Fonte:
http://noticias.r7.com/saude/noticias/saiba-como-conseguir-remedios-gratuitos-pelo-sistema-unico-de-saude-20091026.html

NOSSA GENTE – Entrevista com seu Luis e seu Dutra

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Motoristas aposentados, seu Luis e seu Dutra, junto a uma das viaturas que ainda dirigem

Vários colegas nos perguntaram de onde veio a idéia da Associação dos Aposentados da SPTrans. Surgiu da solidariedade de dois amigos nossos, desses que ajudaram a construir a empresa e, atualmente, ajudam a construir a associação, na qualidade de Conselheiros: são eles o Sr. Benerval dos Santos Dutra (conselho deliberativo) e o Sr. Luiz Lourenço (conselho administrativo).

O seu Dutra começa a entrevista, concedida ao informativo A Gente, contando que, há uns seis anos mais ou menos, foi convocado para trabalhar no senso dos aposentados complementados aqui da SPTrans.

A Gente: O senhor deve ter se deparado com muitas situações que lhe chamaram a atenção.

Seu Dutra: Foram 28 dias de casa em casa, levantando informações. Vimos muita coisa: aposentado que já havia morrido e o sobrinho dele estava recebendo o benefício indevidamente; doentes internados em hospitais e em sanatórios; gente morando sozinha, sem assistência de ninguém; alguns até moravam com a família, mas nem sempre havia quem lhes desse atenção.

A Gente: Dentre essas situações todas, alguma lhe deixou especialmente sensibilizado?

Seu Dutra: Teve gente que eu encontrei em situação muito precária, doente, sem nenhuma higiene e sem ninguém para limpar. Era pior que um mendigo, pois o mendigo está junto com a família, com os amigos, ainda que seja debaixo de um viaduto. Esses, não tinham ninguém.

A Gente: O senhor conseguiu ajudar alguém?

Seu Dutra: Eu me lembro de um caso específico. Um desses nossos ex-colegas recebia um benefício muito baixo do INSS. Mais ou menos uns R$ 600,00 e gastava quase tudo em remédio. Começamos a conversar sobre isso e acabamos vendo que esse benefício não estava correto. Como nós tínhamos um pouco mais de entendimento, percebemos que valia a pena entrar com uma revisão de aposentadoria. E ele entrou. O que faltava era alguém que orientasse esse aposentado.

A Gente: No fim do trabalho, o senhor teve vontade de fazer algo a respeito de tudo isso que o senhor viu?

Seu Dutra: Claro. Não sabia exatamente o que, mas queria fazer alguma coisa. Até procurei alguns colegas de várias áreas aqui da empresa, comentei o que eu tinha visto. Mas, na ocasião, não foi possível fazer nada, não encontrei muito apoio. Somente agora, anos depois, voltei a falar sobre isso e finalmente acabei encontrando pessoas que compartilhavam comigo essa vontade de ajudar os aposentados.  

O seu Luis também ficou indignado com tanta coisa que viu naquele senso. Na qualidade de aposentado, ainda trabalhando, colocando-se no lugar dos companheiros. Mas, também ele, não ficou só na torcida.

A Gente: Faz tempo que o senhor se aposentou?

Seu Luis: Aposentei em 1997. Entraram com a minha aposentadoria sem eu saber. Eu estava internado. Só fui saber quando a esposa foi me visitar e levou um papel do INSS. Com 11 dias, o benefício já estava até na minha conta e, sem saber, ela fez um saque, o que configurou aceitação. Já não podia mais desistir. Aí entrei com revisão, que até hoje não saiu.

A Gente: Há muitos aposentados aqui na SPTrans que continuam trabalhando. Qual seria o motivo?

Seu Luis: É verdade. Aqui na SPTrans, há muitos empregados que já são aposentados pelo INSS e, como ainda trabalham, recebem também o salário da empresa. Se eles forem depender só da aposentadoria, talvez passem dificuldades. Além disso, eles contam com a assistência médica da SPTrans. A pública é deficiente e a particular, muito cara.

A Gente: O empregado, ao se desligar da empresa para se aposentar, perde a assistência médica?

Seu Luis: Quando o empregado que já está aposentado pelo INSS se afasta por doença, a SPTrans banca o plano de saúde por 150 dias.  Depois, a pessoa fica só com o SUS ou parte para um plano particular. Caso ele se desligue, perde imediatamente da assistência médica.

A Gente: Como o senhor acredita que uma associação de aposentados poderia ajudar?

Seu Luis: A ideia de criar essa associação foi ter, no futuro, alguém que olhe pela nossa causa. Não por mim, que já tenho 73 anos. Mas pelos colegas que são mais novos, que estão se aposentando agora e têm muito tempo pela frente. De qualquer maneira, ter alguém que procure saber como eu vivo ajuda muito. Se você não for na minha casa, você não sabe o que está se passando comigo. Mas, se eu tenho um problema, posso ligar para a Associação, explicar o que ocorre e a assistente social vai até lá pra averiguar. E, então, ela pode  me ajudar.

A Gente: Mas, questões de aposentadoria, valor, tempo, etc, uma associação não vai poder resolver.

Seu Luis: São tantas as dificuldades pelas quais passam os aposentados, que a ideia de possuirmos uma associação que olhe por nós é um grande alento. Na aposentadoria ninguém pode dar jeito, a não ser o governo. Mas uma orientação, um apoio, uma mãozinha sempre são bem vindos. A Associação pode ajudar, sim.

EDITORIAL – Fundação da ASPTrans

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Tanto tempo sonhando, até que juntamos um grupo de pessoas que sonhava o mesmo sonho, transformando esse sonho em realidade: integrar os aposentados que estão na ativa, os aposentados que, agora, não estão mais trabalhando e os ativos que estão para se aposentar. E todos eles à empresa que eles ajudaram a construir, desde a CMTC até a SPTrans.

Frequentemente, ouvem-se queixas, muitas e muito parecidas: os aposentados de casa se sentem esquecidos, alijado dos acontecimentos e desprovidos de estrutura; já os aposentados da ativa e os funcionários em vias de aposentadoria têm medo de deixar a empresa e enfrentar os mesmo problemas dos colegas que estão em casa.

As razões disso tudo são muitas, desde a Previdência Social oficial, o preço da assistência médica particular e dos remédios, o desmonte da Saúde Pública, etc. A parte ruim da história é que, sobre isso, não temos muito o que fazer, mesmo que seja a longo prazo. Mas há também muita falta de informação e – essa é a parte boa da coisa – sobre isso, sim, podemos fazer alguma coisa. E é esse o sonho distante, que parecia muito difícil de alcançar, pelo menos individualmente.

Agora, o sonho começa a se realizar. Criamos um órgão (ou espaço, local, forma, ou tudo isso junto), cuja função principal é suprir algumas desvantagens da aposentadoria. Criamos a ASPTrans – Associação dos Aposentados da São Paulo Transporte, cuja data oficial de nascimento é 12 de novembro de 2011.

Foi pensando no bem estar dos aposentados que foi criada não só a ASPTrans, como também o informativo “A Gente Sênior”, que será o porta-voz da entidade, levando a esse pessoal a informação, o acolhimento e o senso de pertencimento que tanto fazem falta.

Vai resolver o problema? De imediato, certamente não. Mas, com o tempo, com empenho, cooperação e boa vontade, esse pessoal não vai mais ser um monte de gente sozinha, dividida entre os aposentados e os ativos, os mais jovens e os mais experientes. Essas pessoas estarão juntas e passarão a fazer parte do que chamamos NOSSA GENTE.

Gente que circula livremente pela empresa, para buscar informação, para trazer informação, para solicitar algum benefício ou apenas para “um dedinho de prosa”, coisa tão importante e rara para o pessoal que já não está mais na ativa.